TV digital: a força do pensamento positivo
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TV digital: a força do pensamento positivo

Um simples logo faz a diferença?

Uma constatação deste Zumo, que creio ser generalizada entre a maioria da população leiga em assuntos de tecnologia e, principalmente, de TV digital. Nossas mães (minha e do Nagano) não são high-tech. Já explicamos a elas antes de estrear a DTV que é necessário ter um conversor para receber os novos sinais (ou uma TV nova, que absurdo!).

Só bastou estrear a nova programação, aparecer um selinho na tela de “alta definição” e, pronto, a imagem do televisor ficou milagrosamente melhor – principalmente a da Globo, claro – de uma hora para outra, sem receptor, sem nenhum ajuste. Se elas, que têm filhos que editam este Zumo, pensam assim, imagine o resto da população. É a força do pensamento positivo aplicada na prática. Já que a emissora diz estar melhor a imagem, assim será.

Rigues diz: Presenciei isso na segunda-feira pela manhã, após a primeira transmissão de um filme em HD (Piratas do Caribe) pela Rede Globo. Nos corredores de um hospital, duas funcionárias da limpeza comentavam: “Cê viu os pirata do caribe ontem? Ficou lindão, né não?”. E tenho a impressão de que elas não assistiram em uma TV LCD de 40 polegadas com conversor digital. Alias, outro erro comum entre os consumidores é pensar que uma TV LCD ou Plasma é automaticamente “TV Digital”. Vai ser necessária uma bela campanha educativa, bem mais que os comerciais de 30 segundos da Famí­lia Nascimento (será que o Capitão é parente?) para desfazer a confusão na cabeça do Brasileiro.

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Outra previsão futurológica, agora minha. Em um futuro não muito distante, as operadoras de TV a cabo podem perder clientes por causa da TV digital. Explico: conheço muita gente (aqui em São Paulo mesmo, a poucos quilômetros da av. Paulista) que tem TV a cabo em casa simplesmente porque a TV analógica não funciona – e usam o cabo apenas para ver os canais abertos com melhor qualidade, sem chuviscos (ignorando os demais canais a maior parte do tempo). Se, na teoria, a imagem fica melhor com a DTV, pra quê pagar a mensalidade do cabo?

Rigues diz: Eu mesmo estou pensando nesta possibilidade. Assisto muito pouca TV, basicamente os jornais e um ou outro programa humorí­stico. A recepção em casa, na região da Aclimação em SP, é péssima, pego a Globo cheia de fantasmas e olhe lá. Uma assinatura de TV a cabo, por mais barata que seja, não vale a pena dado o quanto assisto. Mas com o conversor digital, pelo qual pago uma vez só (ou em 10x sem juros, já em muitas lojas), tenho todos os canais básicos com qualidade de imagem excelente e resolvo meu problema.

Escrito por
Henrique Martin
10 comentários
  • Tem se falado muito que em um prazo médio de 05 anos o tão aclamado conversor custará a bagatela de 200 reais. Não acho um bom preço, principalmente se pensarmos que a grande parte da população brasileira usa uma quantia dessas pra sustentar uma família. Pelo menos a ilusão de uma imagem melhor é gratuita. E viva a política do pão e do circo, agora nós, os palhaços, poderemos por hora ver melhor e mais pra frente interagir digitalmente com tudo isso. (será mesmo?). Esquente sua pipoca e plugue o seu dedo na tomada, a diversão agora tem alta definição.

  • Os piores noobs sempre são nossos próprios parentes.
    Se cada geek educasse os seus, seria o mundo menos infestado de tecnomistificação? Menos leigos confiariam no Windows, menos veriam na TV o que não existe?

  • Fazer mãe, pai, avó, tia entender de tecnologia (filho, mas como assim o seu trabalho aparece no computador? Eu nunca vou ver na banca nada do que você escreveu?) é muito, muito difícil, por mais didático que se tente ser. Não conheço entre nossos amigos jornalistas de tecnologia um só cujos pais não tenham dificuldades tecnológicas (Vamos lá, até nós temos muitas vezes!). Talvez para essa geração que está chegando aos 20 hoje a coisa seja diferente, principalmente entre aqueles que têm pais mais novos ou que trabalham na área.
    Minha mãe é professora. Meu pai, antiquário. Os dois se viram muito bem na Internet, mas ele vive me perguntando se não dá para colocar o Vírtua na loja dele (ele ouve por aí que é bom e quer usar também) sem ter que assinar uma operadora de TV a cabo. E eu vivo dizendo que não.
    Realmente, o sr. (botox) Costa e seus amigos deveriam promover uma campanha explicativa maior e melhor para a população.
    Ah, em tempo: eu fui uma das que partiram para a TV paga por causa do péssimo sinal em casa. E continuarei com ela – não acredito que vá abandonar canais como Sony, Warner, AXN, Universal, GNT tão cedo. Acho que não existe quase nada que preste na TV aberta. A TV paga até me irrita, com aqueles comerciais intermináveis, mas não tem nada mais deprimente na vida que passar o domingo vendo Fastão, Gugu e Fantástico…

  • Renata,

    Os comerciais são outro fator para eu não assinar TV a Cabo. Pagar (cerca de R$ 200, com tudo o que eu gostaria) pra encarar horas e horas de comerciais do Polishop é dose. E quanto aos domingos, é pra isso que existem as locadoras de vídeo e saldões de DVD nas Lojas Americanas. Sem falar em BitTorrent e afins ;P

  • comentando o mario, eu educo minha mãe de forma bem diferente. no computador dela só tem o línux instalado. e ela é a prova definitiva que qualquer leigo pode mexer no linux.
    isso fora outras coisas.

  • Uma dúvida em forma de afirmação também: se a TV normal pega mal na casa de alguns de vocês, porque a TV digital resolveria o problema sem precisar recorrer a cabo? A TV digital obrigatoriamente não precisa de antena UHF? Sinal UHF não chega com igualmente péssima qualidade onde já chega ruim o sinal convencional VHF?

  • Olha…eu nem antena em casa tenho!!! A internet me abastece de noticias suficientemente frescas e eu costumo ler os periodcos locais. TV pra mim e algo inexistente, depois dos torrents e DVDs. Eu la vou gastar uma fortuna num conversor para ver faustao e companhia?

  • ALgum tempo atrás a globo adiquiriu cameras digitais, ai sim notei diferença, mas com o “lançamento” da tv digital nenhum diferença mesmo, afinal, em casa não temos o conversor.

    Em casa felizmente não passei por esta situação