Review: Moto Z2 Force
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Review: Moto Z2 Force

O Moto Z2 Force é a versão nova do smartphone topo de linha que você pode deixar cair no chão. Isso é legal. A câmera dele, nem tanto.

Moto Z2 Force

O Moto Z2 Force veio com processador Qualcomm Snapdragon 835 (2,35 GHz), 6 GB de RAM (yay!), 64 GB de armazenamento interno e o acabamento ShatterShield (presente em outros modelos anteriores da marca) que protege a tela de 5,5″(resolução QuadHD) contra estilhaçamento.

A câmera traseira é dupla (12 megapixels, uma com sensor colorido e outra com sensor preto e branco), e a frontal é de 5 megapixels, e a bateria tem capacidade de 2.730 mAh (menos que o Moto Z2 Play e seus 3.000 mAh) que, nos meus testes, chegou ao final do dia em média com 26% de carga. Um dos modelos do Z2 Force vem com um módulo Moto Snap com uma bateria adicional de 2.220 mAh (não testei a duração com esse módulo adicional)

Seu design fino (6,1 mm de espessura) com acabamento em alumínio mantém a compatibilidade com os módulos da linha Moto Z (2016) e Moto Z2 Play (2017). A grande diferença para o Z2Play é o acabamento com a tecnologia chamada pela Motorola de ShatterShield, que protege a tela AMOLED contra trincas e estilhaços. Não é para sair jogando o telefone no chão (errr…), mas em caso de escorregar da mão e cair no asfalto/concreto/chão duro, a ideia é que ele não quebre.

Essa proteção é um ponto extremamente favorável à compra de um Z2 Force. Só que por ter uma proteção plástica (e não vidro), o Z2 Force é mais suscetível a riscos na tela. Não tive essa experiência reproduzida no meu bolso durante os dias que passei com ele, felizmente.

A experiência de usar um Moto Z2 Force é similar à dos demais modelos da linha Z. É um aparelho topo de linha, fino (do jeito que eu gosto), resistente e bonito. Dos smartphones premium que passaram por aqui este ano (em breve vou publicar um tabelão de benchmarks), é um dos mais velozes – graças aos 6 GB de RAM.  Muito bem, Moto!

Embaixo do Moto Z2 Force temos o conector USB-C e o selo da Anatel/número de série do aparelho… Note que não tem conector para fone de ouvido padrão 3,5 mm (!!!) e vem com um adaptador USB-C-fone na caixa.

Acima, temos o slot para o SIM card (dual SIM, por sinal) e cartão microSD (de até 2TB).

Na frente, o leitor de impressões digitais – que funciona como um botão (diferente do Zenfone 4) e é igualzinho ao do Moto G5 Plus, atuando também como ajudante de navegação pelo aparelho. O leitor de digitais é bastante rápido.

Ao lado, o botão de liga-desliga e o controle de volume.

E atrás, a câmera dupla…

E os conectores para os módulos Moto Snap.

Aqui, o Moto Z2 Force com o módulo Power Pack, que adiciona alguns milímetros ao design esbelto do smartphone:

O smartphone vem com Android 7.1.1 e sua interface simples/minimalista da Moto, com poucos apps além do básico instalados e as “Experiências Moto” (Moto Ações, Navegação em um toque, Moto Tela e Moto Voz) – que adicionam funcionalidades úteis ao aparelho (mas não são exatamente novidade).

A câmera do Moto Z2 Force

Então, sentimentos misturados aqui. Tem coisas boas e coisas ruins.

Gostei: fotos diurnas são incríveis, as fotos em preto e branco são incríveis também (apesar de achar isso mais um luxo que uma necessidade), o modo Profundidade (Retrato ou foco dinâmico em outros aparelhos da concorrência) é interessante.

Não gostei: o modo profissional da câmera é limitado, com exposições mínimas de apenas 1/4 (logo, adeus longas exposições ou um controle maior da foto em situações de baixa luminosidade), o desempenho da câmera à noite é sofrível – fotos no escuro em PB saíram melhores que as coloridas.

Muitos exemplos abaixo:

Moto Z2 Force: conclusões

O que é isso? Smartphone modular topo de linha com Android 7.1.
O que é legal? Design lindo, desempenho rápido, tela grande, proteção contra quedas.
O que é imoral? Câmera em modo noturno poderia ser melhor. Bateria poderia ser maior também. Tela pode riscar.
O que mais? Relação custo/benefício do aparelho é excelente para um smartphone premium.
Avaliação: 8 (de 10). Entenda nosso novo sistema de avaliação.
Preço sugerido: R$ 2.999
Onde encontrar: motorola.com.br

Escrito por
Henrique Martin
4 comentários
  • “fotos no escuro em PB saíram melhores que as coloridas” – sensor monocromático sem filtro Bayer ajuda, né. Só acho uma pena que não usaram isso pra combinar os dados de luma dele com o chroma do outro sensor pra AJUDAR NO DESEMPENHO em low-light. Acho que a Huawei fez isso em alguns aparelhos. Não sei se é limitação no DSP, se a Motorola foi tapada, se foi pressa, se tem patente ou o que

    • eu chutaria pressa. todo mundo lançando câmera com dois zoinhos… e alguém veio com essa ideia rápida de cor+PB.

      • O detalhe é que a Qualcomm tem designs de referência que fazem justamente isso: misturar os dados dos dois sensores. Por que a Motorola não usou, vai saber.