Posto do Futuro: sem cheiro de gasolina e dá oi para o motorista
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Posto do Futuro: sem cheiro de gasolina e dá oi para o motorista

RESUMO

A Petrobras Distribuidora inaugura hoje no Rio de Janeiro seu primeiro posto de gasolina tecnológico, chamado de Posto do Futuro. O projeto-piloto foi desenvolvido em parceria com a Intel traz diversos itens para melhorar a experiência do consumidor dentro do posto, da bomba à troca de óleo e até mesmo dentro da loja de conveniência – e tudo ecologicamente correto.

A Petrobras Distribuidora inaugura hoje seu primeiro posto de gasolina tecnológico, chamado de Posto do Futuro. O projeto-piloto (custo estimado de investimento: R$ 2,4 milhões!) foi desenvolvido em parceria com a Intel traz diversos itens para melhorar a experiência do consumidor dentro do posto, da bomba à troca de óleo e até mesmo dentro da loja de conveniência – e tudo ecologicamente correto (mais sobre isso em outro post).

O posto fica na Av. das Américas, 3757, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e este ZTOP teve uma prévia do que o Posto do Futuro oferece. A Intel ajudou no projeto (exclusivo com a Petrobras por pelo menos 12 meses: 6 meses do piloto + seis meses seguintes), inédito no mundo, com software e processadores, e Max Leite, Diretor Mundial do Grupo de Plataformas para Mercados Emergentes da Intel e velho chapa deste ZTOP,  foi responsável pelo desenvolvimento do conceito. 

À primeira vista, parece um posto de gasolina normal, só com um design melhorado.

Na entrada, o motorista encontra indicações para seguir as cores e chegar ao tipo de combustível certo (à noite, uma iluminação no chão ajuda também).

E uma grande linha vermelha pontilhada marca a área proibida para celulares.

Na bomba, tudo ainda parece normal – menos pro seu nariz. Por conta de um filtro usado nas mangueiras de combustível, o posto não tem cheiro nenhum de gasolina, álcool ou qualquer outro produto derivado do petróleo.

Detalhe do filtro na ponta da mangueira. Não tem cheiro mesmo, o que frustra muitos fãs do aroma marcante da gasolina (tem a desculpa ecológica também: menos gases emitidos para a atmosfera).

Ao encostar o carro, o posto pode identificar o cliente de duas maneiras:  com leitura óptica (OCR) da placa…

Já que logo à frente do carro, ao lado da bomba, estão uma tela grande e uma câmera de observação…

Mas o veículo também pode usar uma tag RFID para identificação (e o padrão usado é o mesmo previsto para projetos futuros envolvendo RFID veicular no Brasil). O sensor fica no teto do posto.

Após a leitura dos dados (e o cadastro, claro, é opcional ao cliente dos postos BR), você pode ser saudado pelo nome (também opcional) e pelos dados do veículo. A tela ainda indica lubrificantes e pode dizer se você precisa trocar o óleo, mas também mostra publicidades e conteúdo direcionado ao motorista.

Mas o mais interessante é que o motorista não precisa mais se contorcer para olhar para a bomba e ver quanto de combustível vai pro seu tanque. Aparece tudo na tela grande, ali na frente.

No final, mostra quanto foi abastecido e o valor final da conta. O pagamento ainda precisa ser feito para o frentista, mas a Petrobras Distribuidora diz que estuda o uso de pagamentos automáticos (para clientes e frotas cadastrados) – mas é algo que ainda precisa de muito treinamento (e informação) para o consumidor.

A mesma tela/câmera estão na área de troca de óleo e outros serviços do posto.

Enquanto espera a troca de óleo, o cliente pode pegar emprestado um tablet Cius, da Cisco, para navegar na web e passar o tempo – e que só funciona dentro do posto.

Precisa calibrar os pneus? Dá para fazer nos quatro ao mesmo tempo, usando nitrogênio.

Dentro da loja de conveniência, mais ideias: um dos refrigeradores permite exibir informações e propagandas animadas na porta, mantendo a transparência do vidro.

E o mais bacana é o totem gigante de informações no meio da loja: a tela, sensível ao toque, permite traçar rotas e mandar por e-mail (ou, se der, até mesmo imprimir no posto), fazer uma visita virtual aos recursos high-tech/ecológicos do Posto do Futuro. E esse sensor do Kinect em cima? Ainda não funciona, mas em breve os comandos na tela serão feitos via movimento (por sinal, a falta de conexão do Kinect é o que causa a mensagem de erro).

Finalmente, escondido no escritório, o pessoal da Petrobras mostrou algo muuuito interessante, mas que ainda não foi “traduzido” para informação que será levada ao cliente: dados sobre a qualidade do combustível – a tela abaixo mostra o monitoramento em tempo real dos tanques de combustível do posto (30 mil litros em cada, aproximadamente).

A ideia do Posto do Futuro é interessante? Sem dúvida. Envolve questões de privacidade do cliente também: se ele quer divulgar seu nome, profissão e outros dados que podem ser exibidos em público. Do ponto de vista publicitário, é uma baita ideia, para atingir o cliente do modo certo e com atenção necessária, e o totem gigante na loja de conveniência pode ser uma boa referência, pelo menos para encontrar caminhos pela cidade. Será o fim do frentista que não conhece o bairro onde trabalha?

Vale lembrar que o Posto do Futuro, como previsto pela Petrobras Distribuidora e pela Intel, pode não chegar “inteiro” a outras cidades. A ideia aqui é testar os conceitos e tecnologias que podem ser aproveitados total ou parcialmente em outros postos pelo Brasil.

Mais informações no site da Petrobras.

 

Disclaimer: ZTOP viajou a convite da Intel. Todas as opiniões aqui são nossas. 

Escrito por
Henrique Martin
35 comentários
    • não, foi totalmente por acaso – alguem da BR que escolheu o destino! 🙂

  • Tudo muito bonito, tudo muito bom… Mas a péssima qualidade da gasolina da petrossauro vai continuar a mesma?

    • Petrossauro??? Por acaso isso é nome de um daqueles postos sem bandeira que vendem gasolina batizada baratinho?

      Você usa muito? O carro anda bem? Passa o endereço!

    • Petrossauro? Que absurdo. A Petrobras é uma das empresas de energia mais avançadas do mundo! Tem 3 tipos de gasolina, inclusive uma de alta octanagem (Podium), indicadas para carros com altas taxas de compressão (não vá colocar em um 1.0).

      • Concordo que a petrossauro é uma das mais "avançadas". Ela avança no bolso do brasileiro com muita sede, além de ter a gasolina mais cara do mundo. Vá ser "avançada" assim lá na China!

    • País atrasado?

      Eu acho que o sistema de posto self-service até daria certo por aqui se o dono pudesse cobrar bem menos pelo litro da gasolina. Mas como isso não acontece, melhor usufruir dessa mordomia enquanto ela existe.

    • Cool, mas como é que ele faz para retirar e recolocar uma tampa de combustível com tranca de chave?

  • O que importa mesmo ninguém perguntou: por que caspeta tirar o cheiro de gasolina?? É o MELHOR do posto! Quero uma resposta da Petrobrás sobre isso!!! Nos tirando pequenos prazeres da vida!! 🙂

    • pois é, eu também adoro cheiro de posto de gasolina… :p

      mas a questão do cheiro, acho q é questão de segurança, pois acredito q é nele q se encontra o risco de faicas acontecerem e consequentemente uma explosão, não sei se estou certo, mas faria sentido…

    • Eu não acreditava na ideia de que alguém realmente goste do cheiro da gasolina até ler este comentário. O.o
      Sobre o posto, algumas dúvidas não foram esclarecidas.
      1- A energia solar mantém todo o posto ou apenas complementa?
      2- Como funcionam os banheiros auto limpantes?
      Nem sabia que tinham banheiros nos postos para os clientes.

      • Pelo que dá para entender o sistema de coletores solares servem mais para aquecer água e manter alguns sistemas elétricos que são capazes de funcionar a bateria.

        Quando estivemos no Japão vimos algumas propostas interessantes da Panasonic de uso de energia solar onde a energia coletada era acumulada em grandes racks de bateria do tamanho de um frigobar e que são consumidos por uma rede secundária de corrente alternada de 24 volts espalhada pela casa.

        A idéia nesse caso é que essa rede doméstica seja usado para alimentar eletrônicos de consumo de baixa potência como videogames, luminárias a LED, rádio-relógios, ventiladores, aparelhos de som, Videogames, etc. Além de recarregar aparelhos como notebooks e celulares sem o uso de blocos transformadores.

        Assim, a tradicional rede de energia "paga" de 110~220 volts seria usada apenas para aparelhos de alto consumo como ar condicionado, geladeira, TV, lavadora de roupa, etc. Reduzindo assim bastante a conta de luz no fim do mês.

        Mais detalhes aqui:
        https://interfaces.news/2009/10/20/corrente-continua-d

        • Eu queria fazer um sistema desses lá em casa, porém usando a energia eólica, já que lá em casa venta pra dedéu.

      • hum, não te conheço pra essa intimidade mas vou dar um positivinho. SP é inviável para carros, eu ando de busão e metrô, me estresso menos…

  • Renata mesquita qdo a gasolina sai da bomba, a evaporação sai do bico do ''revolver'' emitindo gases ao ambiente, logo tem um filtro agora q nao deixa isso acontecer.

  • Sei que é proibido vender energia elétrica, mas não seria o caso de ter tomadas próprias para recarregar automóveis elétricos?
    A água utilizada para limpeza do chão do posto, lavagem de vidros dos carros é água da chuva acumulada em cisternas ou água de reuso?
    Se o posto reconehce o carro e o modelo ele já sugere ao consumidor qual combustível comprar (etanol ou gasolina) naquele dia baseado no preço?

    • sim, tem as bases próprias para recarga. a água é armazenada em um reservatório e… a questão de qual combustível comprar… acho que ninguém pensou nisso!

  • Se eu conheço as empresas de Água e Esgoto, mesmo se utilizando água de chuva e reuso, as mesmas vão cobrar o volume utilizado pelo posto. Ademais, NO POSTO DO FUTURO AINDA SE VAI VENDER BEBIDAS ALCOÓLICAS????

  • Uma recomendação ambiental. ao invés de AINDA usar vasilhames de plástico para o óleo lubrificante, poderia usar um tanque de metal (com maior quantidade armazenada), evitando o descarte de mais plástico no lixo.

    Uma coisa que odeio em posto de gasolina é ter que desenrolar e re-enrolar a mangueira para calibrar os pneus.
    Se inventassem um sistema em que a mangueira fosse retrátil, ou eu parasse num ponto (baia) em que 4 mangueirinhas já estivessem próximos ao pneu, eu ficaria feliz, muito feliz…

    Eu estou míope ou foi só eu que não consegui ver nada na tela/porta daquelas geladeiras???

    Para terminar, se tivesse uma forma de inserir a kilometragem rodada durante o abastecimento – e o sistema já calculasse o consumo (Km/L), seria outra proposta interessante.
    Ou poderia ser uma possibilidade de conscientizar o motorista, onde o frentista pedisse ao motorista que zerasse o odômetro (já que a maioria desses carros já vem com dois odometros parciais). Assim, na próxima visita ao posto, ele já saberia qual a KM percorrida e já informaria o consumo – poderia inclusive salvar a informação de qual o combustivel utilizado.

    Henrique, teria como perguntar qual o sistema de filtração da água de reuso da lavagem.
    Já que minha esposa atua nessa área e a dissertação dela foi justamente nesse assunto (Reuso de água de lavagem de ônibus)

  • MANHÊÊÊ!!!!
    cê nun tem uma amiga na barra???
    fiquei com saudade dela,vamo lá?

  • Muito legal. Mas quais foram os critérios para escolha deste posto para ter um investimento superior a 2 MILHÕES??
    Aposto que este posto é de alguém ligado ao sindicato dos postos.

  • enquanto aqui for brasil,o pais da desonestidade, vai ter frentista…muitos paises tem posto mais simples que esse.mas o cara mesmo abastece,paga no caixa e vai embora.se for cartao,ele mesmo passa proximo a maquina

  • tudo muito bom ,tudo muito lindo ,mas espero que estes postos do futuro não tirem o emprego de nós frentistas.
    sou frentista a 16 anos e trabalho em um posto da Petrobras e me orgulho da minha profissão e ainda mais por representar esta Bandeira e espero que esse tal posto do futuro venha para melhorar o nosso dia a dia e não tirar emprego de quem precisa mesmo porque no pais em que vivemos não temos condições de manter um self-servic…
    parabéns a Petrobras por mais esta novidadade…

  • Desperdício de dinheiro e apenas marketing da petrobrás não tem nada do futuro