Números enormes: saiu o PPB dos tablets
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Números enormes: saiu o PPB dos tablets

RESUMO

Semana passada destrinchei a medida provisória que coloca os tablets na mesma categoria dos notebooks e, com isso, deve deixar os aparelhos produzidos no Brasil mais baratos. Hoje saiu a definição do Processo Produtivo Básico (PPB) do que precisa ser produzido aqui e em qual quantidade até 2014.

Semana passada destrinchei a medida provisória que coloca os tablets na mesma categoria dos notebooks e, com isso, deve deixar os aparelhos produzidos no Brasil mais baratos. Hoje saiu a definição do Processo Produtivo Básico (PPB) do que precisa ser produzido aqui e em qual quantidade até 2014.

O Diário Oficial da União publicou a definição do PPB na sua edição de hoje, mas resolvi fazer um resumo do juridiquês em uma tablela:

Na prática, isso quer dizer que, para ter a isenção de PIS/Cofins no varejo, um tablet Made in Brazil precisa, este ano, ter 50% das placas-mãe fabricadas por aqui. Em 2012, o número salta para 80% e chega a 95% em 2013 e diante. Em 2011 e 2012, placas Wi-Fi e 3G podem ser importadas livremente e só precisam ser produzidas a partir de 2013 (20%-30% para modems 3G, 50%-80% para placa Wi-Fi).

Memórias NAND/DRAM etc. também passam livres este ano, mas vão crescendo a partir de 2012 (20%, 30% até 50% em 2014). Carregadores podem ser importados em 2011, mas a partir de 2012 entram no limite de 50% e em 2013 em diante, 80%. Baterias e gabinetes não precisam de produção local (o que acho… curioso) de acordo com o PPB.

E aí sobra o principal: telas. Elas têm importação liberada até 2013… ou seja, temos dois anos e meio para desenvolver (ou importar, o mais provável) tecnologia para produzir telas de tablets por aqui.

No fim das contas, a tal fábrica da Foxconn para a Apple no Brasil, se vier realmente, só terá que produzir placas-mãe no país em 2011.

A Agência Brasil explica melhor o que é o PPB:

O Processo Produtivo Básico (PPB – Lei 8.387/1991) é uma das contrapartidas exigidas das empresas instaladas na Zona Franca de Manaus, beneficiadas com redução tributária. O benefício representa o conjunto mínimo de etapas do processo industrial. Com isso, os produtos fabricados na Zona Franca recebem alguns benefícios como redução do Imposto de Importação que incide sobre os insumos e isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O PPB é também exigido das empresas que produzem bens de informática e automação com incentivos fiscais da Lei de Informática, instaladas em qualquer parte do país. No caso dos tablets, a medida publicada é a contrapartida das empresas para obtenção da alíquota zero de PIS/Cofins.

Escrito por
Henrique Martin
15 comentários
  • "No fim das contas, a tal fábrica da Foxconn para a Apple no Brasil, se vier realmente, só terá que produzir placas-mãe no país em 2011."

    Não entendi se houve ironia ou erro de data.
    Digo isto pois é preciso haver alguma fábrica por aqui ainda este ano para produzir os tais 50% de placas mãe, certo?
    Ou vc quis dizer que uma fábrica seria necessária apenas para uma produção mais elevada, como as exigidas de 2012 em diante?

    Abraços

    • Conversei sobre isso com um colega que trabalha com MBs e ele me disse que o que se entende por "fabricar placas localmente" é apenas pegar a placa já pronta (com todas as trilhas do circuito e furos já feitos), colocar os componentes (resistor, capacitor, CIs) e passar pela máquina de solda, ou seja, tudo já vem pronto de fora. Assim na prática, 100% das placas-mãe virão de fora, só que uma metade pode vir pronta e a outra metade tem que ser montada aqui.

      Como a Foxconn já possui fábricas no Brasil — que montam notes da HP e Lenovo — eles só precisam abrir uma nova ordem de serviço nas atuais linhas de produção ou construir uma nova.

  • Henrique, você tem noticias se a chegada do galaxy pad 10.1 já tem uma data mais certo, além de "junho". E o mais importante, a samsung consegue lançar cumprindo os requisito da ppb?

  • E o Xoom, como fica?
    Está de acordo com PPB para ter desconto já?

  • André: fim de junho/começo de julho // Marcelo: Motorola não comenta ainda.

  • Falando em Tablet… O Ztop pode fazer um post sobre a estréia da AMD nesse mercado? Li uma reportagem no Boa Dica e no IDgNow que diz: o primeiro chip para tablet da AMD é o Série Z, mais precisamente Z-01, um chip de 6 watts, 40 nanômetros, Dual-core a 1 Ghz e com motor gráfico com suporte a Directx 11… Não é de cair o queixo? (Coitado do Atom…) E o final da reportagem diz: "A AMD deve lançar no próximo ano mais processadores para tablets, conhecidos pelos codinomes Wichita e Krishna. Produzidos em um processo de 28 nanômetros, eles terão até quatro núcleos em um chip e consumo de energia ainda mais reduzido.
    Executivos da AMD na conferência também disseram que novos processadores da Série A, de codinome Llano, para desktops e notebooks serão anunciados ainda neste mês. Os chips terão os nomes A4, A6 e A8, e serão capazes de atingir um desempenho de 400 gigaflops (bilhões de operações em ponto flutuante por segundo) em notebooks e 500 gigaflops em desktops, de acordo com Cloran."
    Fica ai a sugestão.

    • comprei um umpc com atom e comparei com um note com amd fusion que comprei depois.

      Simplesmente triste pra intel. A GMA 500 tem a promessa de rodar videos HD, mas nao 360p com dificuldade…

  • Srs,

    eu estava lendo em outro site sobre as caracteristica do tablet, e ele é limitado apenas a 7" (na diagonal)
    Isso não é pequeno?! pois tiraria o iPad da festa.

  • E esses tablets produzidos no Brasil, quando vão abaixar os preços? Ou será que não vão?