Pocket review: Nokia Asha 308
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Pocket review: Nokia Asha 308

O Nokia Asha 308 é um canivete suíço dos telefones básicos: com entrada para dois SIM cards, tela sensível ao toque e uma interface bem interessante, serve como excelente alternativa para quem precisa fazer muito sem pagar caro por isso. 

Primeira coisa para ter em mente: o Asha 308 (preço sugerido: R$ 329) não é um aparelho para quem quer rodar zilhões de aplicativos pesados e usar como um smartphone completo. Esqueça Androids e iPhones por aqui e deixe seu preconceito de lado.

É um primeiro passo para quem quer entrar na internet usando o celular, sem esquecer da comodidade de poder usar duas linhas simultâneas e baixar e-mails/navegar em redes sociais. É o que a Nokia sempre fala para “levar a internet ao próximo bilhão de pessoas“.

O Asha 308 roda o sistema operacional mais básico da Nokia (Série 40), capaz até de instalar novos apps – mas o pacote que já vem instalado resolve bem a questão para o consumidor, ainda que seja um celular baratinho. Tem mapas, games de graça e redes sociais, além de um navegador que ajuda a economizar no plano de dados.

A Nokia deixou o ato de trocar/alternar entre dois SIM cards bem fácil e simples de usar. O primeiro SIM card fica atrás da bateria para a operadora mais frequente que você quer usar. O segundo se aloja em uma entrada lateral, permitindo sua troca mesmo com o telefone ligado. Se tiver espaço na sua carteira para colecionar itens das operadoras , dá para criar perfis para até cinco chips diferentes de operadoras.

Todo o gerenciamento de SIM cards é feito em um aplicativo chamado Gerenciamento de SIMs: ao inserir um novo, ele já pergunta qual a opção para aquele específico – usar como dados, voz, SMS, MMS.

E para não confundir, você pode criar nomes para cada um dos seus chips de operadora.

Em caso de dúvida, a opção “Sempre perguntar” garante a escolha certa de operadora.

E até dá para personalizar tudo de uma vez só. Simples e direto ao ponto, sem complicar.

O hardware do Asha 308 é equivalente ao seu preço:  tela de 3 polegadas sensível ao toque (400 x 240) com conectividade 2G (EDGE apenas), câmera de 2 megapixels, rádio estéreo, múltiplas telas iniciais, alto-falantes embutidos e entrada para cartão de memória (microSD) de até 32 GB.

O que mais senti falta usando o Asha 308 foi o Wi-Fi e o 3G. Sei que isso encareceria o produto um pouco, mas contar apenas com EDGE para conexão, mesmo sendo um telefone simples, é forçar a amizade. Sorte é que, pelo menos em São Paulo, a rede EDGE da Vivo, em alguns momentos, é mais veloz que o 3G da operadora (triste história de clientes pós-pagos).

Na lateral está a entrada para o SIM card secundário (de troca rápida) e para o cartão microSD.

Vale a dica: se você for usar outro chip secundário, ande com uma moeda ou tampa de caneta no bolso para ejetar o SIM card da ranhura.

Na traseira, embaixo da bateria, fica o SIM card primário (viva meu adaptador do microSIM).

A interface do Asha 308 é seu principal trunfo. A Nokia adaptou o conceito Swype, usado no (incrível-porém-saudoso) Nokia N9, com telas que se alternam ao arrastar para a direita e para a esquerda, com o discador, um menu de atalhos e uma tela de apps/serviços:

Em versão acelerada pelo GIF, é algo mais ou menos assim:

E uma barra superior de notificações bem útil e simples, com informações sobre os SIM cards em uso, atalhos para música/chamadas/SMS e ligar/desligar conexão de dados, Bluetooth e som.

Outro destaque do Asha 308 é o navegador Nokia Xpress, que faz compressão de dados em servidores da Nokia para reduzir o consumo de dados.

E o aplicativo Nokia Mapas, que inclui navegação e rotas completas em um aparelho de pouco mais de R$ 300. Só ele já vale o investimento no Asha 308 (e é algo que os xing-ling irregulares de 2, 3 ou 4 chips da vida não têm).

O Asha 308 vem ainda com um app para Twitter (Facebook roda via browser)…

… e um cliente nativo para email de diversos provedores, incluindo Gmail.

Moral da história: O Nokia Asha 308 me surpreendeu bastante. E é um smartphone sim. Tem navegador, aplicativos, e-mail. Sua grande diferença é que é mais barato e simples. Comecei a usá-lo com a impressão de que, por estar acostumado com smartphones topo de linha, sua simplicidade poderia incomodar.

Que nada: é um smartphone básico muito fácil de usar, tem uma incrível duração de bateria estimada pela Nokia (600 horas em modo de espera) e vem com Nokia Mapas, algo que não é comum em telefones na mesma faixa de preço. Além disso, sua interface é rápida e bem intuitiva.

Me incomodou mais a falta de 3G e do Wi-Fi, mas isso fica para um próximo passo na evolução dos smartphones para esse público específico. E não rodei benchmarks nele pois, afinal, não existem programas que realizam testes de desempenho nesse sistema da Nokia.

Quem quer um Asha 308, acredito, procura primeiro um telefone barato com dois SIM cards e acesso ocasional à internet. Para isso, ele cumpre bem essa função.

RESUMO: NOKIA ASHA 308

O que é isso? Smartphone básico com entrada para dois chips de operadoras
O que é legal? Fácil de usar, tem Nokia Mapas, bateria dura bastante.
O que é imoral?  Falta conectividade 3G e Wi-Fi.
O que mais? vem com 40 games da EA para download, navegador comprime dados.
Avaliação 7,0 (de 10). Entenda nosso sistema de avaliação.
Preço estimado: R$ 329
Onde encontrar: Nokia

 

 

Escrito por
Henrique Martin