Jolla: existe interesse no Brasil, mas não para agora
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Jolla: existe interesse no Brasil, mas não para agora

No MWC 2013, o Firefox OS pode ser o queridinho dos fabricantes e operadoras em busca do smartphone básico de entrada. Mas escondido em um canto do pavilhão 2, em meio a um monte de salas de reunião, está a Jolla (pronuncia-se “iólla” em finlandês). 

E com ares informais, sou recebido pelo executivo-chefe da companhia, Marc Dillon, que fala abertamente sobre o mercado de smartphones global e explica a atuação da sua nova empresa. Antes de tudo, ele entrega o cartão de visitas, com informações em inglês e chinês.

“Jolla tem pedigree da Nokia, todos nós viemos de lá”, explica Dillon, que ficou por mais de 11 anos na gigante finlandesa e trabalhou em projetos como o Meego, que resultou no finado (e incrível) Nokia N9.

A Jolla desenvolve projetos de hardware (um protótipo, diz o executivo, está em demonstração para operadoras no estande fechado da ST Ericsson, parceira no desenvolvimento do novo sistema) e de software, o Sailfish OS, que é nada mais que uma grande evolução do Meego. Curiosamente, outra variante do Meego deu as caras no MWC: o Tizen, bancado hoje pela Samsung e Intel. “Tizen é uma confusão política”, comentou o CEO.

“Existe espaço para a disruptura no mercado de smartphones, podemos criar muito ainda”, afirmou Dillon. Ele tem em mãos um aparelho antigo, um Nokia N950 que foi distribuído apenas para desenvolvedores no passado, que roda o Sailfish OS. Mostra rápido algumas coisas do sistema, mas o que mais impressionou foi controlar o tocador de música ao apenas tocar no bloquinho da tela principal – pense em widgets com esteróides.

O fato – e nem mesmo o cartão de visitas da Jolla esconde isso – é que o foco inicial da companhia é o mercado chinês (onde o Nokia N9 foi um grande sucesso, por sinal), seguido pela Europa. “E o Brasil, Dillon?”. A resposta foi direta ao ponto: “É grande e importante, conheço um monte de gente lá, mas não é para agora. Vamos começar com China e Europa e depois seguir para o resto do mundo”, conclui.

Peço para tirar umas fotos do aparelho, consigo três imagens antes da assistente de cabelos verdes chamá-lo para uma reunião. Valeu, Marc, espero vê-lo em breve de novo – e que a Jolla consiga ter projetos grandes e reais em todo o mundo, incluindo o Brasil.

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Escrito por
Henrique Martin