A Intel revelou ontem várias novidades na área de chips de 45 nm, comunicação sem fio e memórias durante o International Solid State Circuits Conference (ISSCC) que acontece durante esta semana em São Francisco, nos EUA.
A primeira delas é o Silverthorne (í direita), um processador (x86) de baixíssimo consumo (até menos 2 Watts) específico para ultramobilidade. Já construído no processo de 45 nm, ele consome até 10 vezes menos energia que o primeiro Pentium-M ULV (Dothan) e virá com o recurso de HT implementado.
No outro extremo da escala de desempenho/aplicação, a empresa de Santa Clara mostrou o Tukwila (í esquerda), seu novo Itanium quad-core monolítico de 65 nm, com mais de 2 bilhões de transistores e 30 MB de cache interno. Mais interessante do que isso é saber que o Tukwila é um dos primeiros chips da casa a sair com a nova tecnologia QuickPath (antes conhecido como CSI, um tipo de HyperTransport) e controlador de memória dual channel integrado. A previsão é que ele chegue ao mercado no segundo semestre desse ano para substituir o atual modelo 9100 dual-core “Montvale”.
Essas duas tecnologias também serão a base da na nova microarquitetura Nehalen, que será a grande revolução tecnológica da empresa para esse ano, aposentando de vez o Front Side Bus (FSB). Isso vai colocar a Intel no mesmo nível – pelo menos em termos de arquitetura – com a AMD, que já conta com controlador de memória integrado e Hypertransport (conceitualmente semelhante ao CSI) desde o primeiro Opteron lançado em 2003.
O Tukwila também contará com um conjuto de recursos batizado de RAS (Reliability, Availability, Serviceability) que a empresa afirma aumentar a resistência do sistema contra erros de sofware, minimizando assim a possibilidade de paralisar o sistema, uma ocorrência não muito apreciada no mundo dos servidores.
Com relação aos sistemas de comunicação sem fio, 2008 deve ser o ano em que a Intel vai apresentar suas primeiras soluções de interfaces wireless integradas diretamente num chip CMOS, o que pode baratear o custo de produção ao mesmo tempo que amplia sua oferta para o mercado. Nesse campo, a Intel revelou a existência de um circuito amplificador de potência para multi-rádios construído totalmente em silício.
Finalmente, mais no campo da pesquisa, a empresa de Santa Clara demostrou um tipo de memória MLC (Multi-Level Phase Change, í direita) desenvolvido em parceria com a ST Electronics, que pode com o tempo substituir a atual memória Flash. Aqui, o principal atrativo é o ganho de velocidade na gravação e recuperação de dados (mais simples no MLC), além de maior durabilidade medido em dezenas de milhões de ciclos contra dezenas~centenas de milhares de ciclos do Flash.