
Misto de produto, projeto de hobbista e startup, o Isostick é um curioso dispositivo que emula um leitor de midia óptica em memory key.
A idéia em si é simples — um memory key que emule um leitor de mídia óptica capaz de ler arquivos de imagens de CD/DVD gravados no formato ISO. Colocá-la em prática, nem tanto, já que envolve o desenvolvimento e implementação de hardware e software específicos para esse produto, pois o objetivo é que ele seja o mais simples (e à prova de idiotas) possível.
Segundo o site do projeto, o Isostick é voltado para técnicos de computador, geeks e entusiastas que estão cansados de andar por aí com um porta-CDs cheio de mídias que podem riscar, se perder ou mesmo deixar de funcionar de uma hora para outra. E assim como fazemos com CDs de música basta pegar seus programas em CD/DVD de dados, convertê-los para o formato .ISO com seu programa favorito e copiá-los no Isostick para ficar pronto pra luta.
De fato, quando inserido no PC, a idéia é que o Isostick seja reconhecido pelo sistema operacional como duas unidades de armazenamento — o disco óptico virtual propriamente dito e um disco removível — e tudo isso sem a necessidade de instalar um driver no PC.
Essa característica é particularmente interessante já que ela permite utilizar o espaço disponível na memória flash para armazenar outros tipos de arquivos, incluindo ISOs de outros discos. De fato, outro recurso presente nesse produto é um boot manager residente (batizado de “Isocel”) que deixa o usuário selecionar o arquivo de ISO a ser “inserido” no leitor virtual e que poderá ser usado como CD de inicialização. E para evitar que o gadget seja infectado por um vírus, ele conta com uma chavinha de “read only”.
Por enquanto o Isostick suporta apenas FAT32, existe a intenção de implementar o suporte para outros sistemas de arquivos como HFS+, ext2/3/4 e NTFS. A boa notícia é que seu firmware pode ser atualizado pelo próprio usuário.
Mas como dissemos no início deste post, o Isostick ainda está em processo de desenvolvimento e como todo inventor que tem uma grande idéia e deseja transformá-lo num produto, os desenvolvedores lutam para levantar recursos ($$$) para concluir o seu projeto e iniciar a produção e distribuição.
Para isso aqueles que quiserem colaborar com o projeto podem fazer doações a partir de US$ 1 (com direito a um “obrigadão pela ajuda”) e a partir de US$ 75 o usuário pode receber uma versão “beta” do Isostick de 8 GB sob a condição de reportar todos os bugs que encontrar no produto. A partir de US$ 125 o colaborador já terá direito a receber um Isostick de 8 GB totalmente funcional quando ficar pronto. A partir daí as ofertas apenas aumentam o número de dispositivos e a capacidade de armazenamento.
Como podemos ver, o sonho americano de criar uma empresinha de garagem à partir de uma boa idéia ainda vive.
Mais informações aqui.
Perdoe um possível lapso de ignorância, mas não é mais fácil, barato e igualmente útil andar por aí com um pen drive convencional de grande capacidade e uma instalação do Virtual CloneDrive?
Ele só não resolve na hora do boot, mas para Windows, Linux e Mac OS X existem diversas formas de habilitar a instalação do sistema via pen drive comum…
[]'s!
Nope, nesse caso a idéia é que o pendrive seja totalmente plug and play ou seja, que qualquer PC enxergue o Isostick como uma unidade de CD-ROM USB + disco removível (e não só como um disco USB) e tudo isso sem a ajuda de algum driver ou programa residente e independente de SO.
Desse modo, essa engenhoca seria até capaz de dar boot no sistema com um arquivo de ISO, o que pode ser uma mão na roda para os usuários de netbooks e até notes thin and light que não vem com leitor de CD/DVD.
Realmente tem diferenças, mas me parece ser mais útil para quem faz manutenção em PCs e/ou sysadmins. Porque a solução do drive virtual resolve o problema de usuários domésticos (mesmo com ultrabooks e/ou netbooks) e, como disse, o boot via pen drive está disponível nas três principais plataformas.
Especialmente se colocarmos o custo disso na equação, o drive virtual é gratuito, o Isostick, de certo, custará algumas dezenas de dólares.
[]'s!
ô Ghedin, com esse monte de planos novos, vê se não some, viu? 🙂
Sumirei não 🙂
Aliás, sem ter onde escrever diariamente, espere mais comentários meus, aqui e no Twitter, hehe!
[]'s!
gostei da ideia.
Só falta coragem pra doar os 75 obamas…
Mas, seguindo a mesma linha de raciocinio do comentario anterior (e fazendo papel de advogado do “dito cujo” mesmo), um pen drive com ubuntu tb não resolveria o problema???
De lá seria possível usar qualquer ISO disponivel no pen drive.
MAs, se o objetivo é a simplicidade, aí não tem jeito não. Só ajudando o projeto mesmo.
A oferta de US$ 75 com direito a versão beta já acabou.
Segundo o site, do pequeno lote inicial que eles produziram, 12 deles foram separados para os beta-testers e todos já foram vendidos.
De um ponto de vista mais simplista, já existem algumas soluções (como já citadas) mas são dependentes diretos da compatibilidade com o sistema operacional em uso.
Em contrapartida, usando um "chavemanto" via firmware, criado com base na especificação ATA diretamente, estamos falando em uma solução multiplataforma, que não depende de drivers, deixando-o mais seguro e eficiente. Mas como também já comentado, o Isostick é algo focado para um público específico e não para as massas.
Posso dizer que a solução é deveras interessante, tanto para usuários residenciais, quanto profissionais de suporte como em datacenters, nos datacenters não podemos sair instalando programas e nem alterando o hardware, reiniciar servidor nem pensar!!!!
Então este dispositivo será muito prático.