Até logo, Sony. Obrigado pelos gadgets
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Até logo, Sony. Obrigado pelos gadgets

RESUMO

Nada mais resta além de agradecer ao pessoal da Sony pelos produtos legais, conceitos, erros e acertos nos últimos anos.

Ontem de manhã (15) dei a notícia lá na Interfaces sobre a saída da Sony do Brasil.

É triste falar esse tipo de coisa, mas se faz sentido para a operação – em meio a uma pandemia global e crise econômica descontrolada -, nada mais resta além de agradecer ao pessoal da Sony pelos produtos legais, conceitos, erros e acertos nos últimos anos.

Minha história com a Sony é antiga – desde antes de 2006 (na pré-história deste blog, antes de ele existir) passei por câmeras, notebooks (de quando a Vaio ainda não tinha sido vendida) e maluquices em formato de notebook, smartphones, mais câmeras, TVs incríveis e, mais recentemente, fones de ouvido maravilhosos. E em 2017 teve a tela mais doida de todos os tempos na CES:

A Sony, no relacionamento com jornalistas, sempre foi discreta. Fez por anos um evento anual onde lançava toda a linha nova para aquele período, com coisas mais pontuais (e que fazem mais sentido) nos últimos dois anos. Era marca presente nos principais eventos globais (CES, IFA, MWC), espero que continue a ser.

E, triste notar, fui eu quem noticiou em primeira mão o encerramento da operação da Sony Mobile no ano passado.

Na noite de segunda, recebi de uma fonte uma imagem que dizia que a Sony avisou os fornecedores, varejistas e funcionários do fim das operações da área de eletrônicos de consumo (TVs, áudio, câmeras) no Brasil em meados de 2021, com o fechamento da fábrica de Manaus em março do ano que vem. Chequei, o Samir – que criou a newsletter comigo – checou com algumas pessoas também – e soltei a edição extra.

(E foi na Interfaces, não aqui, porque o servidor do blog estava instável por um erro meu. E terei novidades para contar em breve).

Por volta da hora do almoço chegou um comunicado oficial da Sony confirmando tudo. O texto praticamente é o mesmo do comunicado interno. Sinto pelas pessoas que vão perder seus empregos em 2021 e pelo próprio mercado de eletrônicos no Brasil. Um fabricante deixando o mercado local significa uma concentração maior nas mãos dos concorrentes.

O comunicado lacônico da Sony

Em TVs, isso vai para as mãos da Samsung e da LG. Áudio é algo bastante diversificado, mas imagino gente importando (ou trazendo do Paraguai) fones como o sucessor do WH-1000XM4 daqui a algum tempo). Câmeras ficam com a parte mais triste: a Nikon saiu do Brasil, só sobrou a Canon mesmo das grandes marcas do passado.

A Sony segue no Brasil com games (e um PlayStation 5 chegando em breve), soluções profissionais (filmadoras de estúdio, projetores, microfones, monitores etc.) e as operações de filmes e música. Mas a parte mais legal vai embora. Obrigado, Sony, por esses anos todos de Brasil – e nos vemos algum dia lá fora. Mentira, estou com um fone TWS para testar aqui em casa.

Escrito por
Henrique Martin
7 comentários
  • Falo como um antigo fã da Sony, ainda tenho Walkman, home theater, Palm Clié TG50 e Notebook Sony Vaio (Duo 13).
    Mas a Sony afunda por sua própria incompetência, tem tanta coisa e não consegue integrar os departamentos da empresa:
    – Não tem a melhor câmera de celular, apesar de ter as excelentes câmeras mirrorless sony Alphas;
    – Não tem um Netflix/Spotify integrado aos seus smartphones/TVs, mesmo sendo propietária de estúdio musical (Sony Music) e de cinema (Sony Pictures);
    – Não consegue difundir seus jogos além dos videogames, pois seria capaz de ter uma plataforma de streaming semelhante ao Google Stadia.

    Afundou no seu próprio sucesso… e fico triste por isso.
    Ainda queria ter um e-paper da Sony DPTS1.

    Já desisti de comprar uma câmera Sony (vou trocar a Canon T3i por uma T8i) e o videogame será um XBox Serie X.

  • A Sony já estava engessada em diversos nichos. Apesar dos produtos bons e bem acabados havia carência de funcionalidade e preços altos. O mercado regula-se pelo custo benefício. Não é a toa que marcas tradicionais em fones e relógios tambem não conseguem fatias expressivas de mercado de tecnologia.
    Espero que consigam reinventar-se.

  • Alguns dos melhores aparelhos que já tive foram Sony – sem falar de um monte de fitas K7 que eu ainda tenho! Nossa, o W810i era ótimo, o Xperia Z2, idem… E eu tenho uma TV “normal” deles que já está comigo há 12 anos, pelo menos, e ainda está com som e imagem ótimos! Espero que, um dia, eles voltem para estas bandas!

  • Eu tenho uma TV Sony muito fera, que não recebe atualização de software nunca (a logo do Netflix já mudou duas vezes desde que eu comprei e nada ainda na TV). Mas gosto da qualidade da imagem e ficarei com ela até o final de seus dias. Home Theater também é Sony (além de outra TV LCD mais antiga).

    Câmeras tenho várias (inclusive uma preciosidade que foi minha primeira câmera digital com armazenamento por mini-CD). Mas a minha câmera principal hoje é uma Panasonic.

    Filmadora também é Sony (encostada sem uso).

    PlayStation tenho o 2 ainda (mas o meu console mais atual é um Xbox)

    Nota-se que sempre gostei da marca, que sempre me passou a impressão de produtos de qualidade. Sinto que nos últimos tempos a Sony foi um pouco relapsa com nós consumidores e muitos acabaram migrando para outras marcas (lembram dos cartões de memória para câmera em formato proprietário – e caros?). O bonde da história está passando e a Sony está ficando para trás em várias frentes. Enfim, não vou sentir saudades.

    • eu ainda tenho fones 1000-XM3 e uma câmera A6000, que ainda vai durar uns bons anos.

      • Eu também sou um feliz proprietário do 1000-XM3 que comprei na loja oficial da Sony aqui em terra Brasilis. Mas os produtos que me trazem maior memória afetiva da marca são os Walkman que me acompanharam pela adolescência no final dos 80 e inicio dos 90 e da primeira TV que comprei (com meu dinheiro) uma fantástica Trinitron 29′ lá no meio dos anos 90. Ah, os playstations também, fiquei no 1 e 2 (que ainda tenho e jogo) mas depois virei casaca e fui para o XBox.