Review: Samsung Galaxy S6 Edge
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Review: Samsung Galaxy S6 Edge

A Samsung começa a vender hoje (25/4) sua nova linha de smartphones topo de linha, a Galaxy S6, com dois modelos: o S6 com design convencional e o novo S6 Edge, com as bordas da tela curvas. Passei uns dias com o S6 Edge de 64 GB e compartilho minhas impressões.

 

https://www.youtube.com/watch?v=9kIa49KoSUE

(sim, é um review em vídeo! deu um trabalhão! sim, eu falo bobagem! :))

1) Design e tela

A primeira coisa a notar no S6 Edge é o design: a tela de 5,1 polegadas quad-HD (muito nítida e de excelente definição) tem as bordas curvas em um corpo de apenas 7 mm de espessura.

É fino? Sim. É frágil? Não parece.

A linha S6 tem um novo direcionamento de engenharia de produto: não tem bateria removível, e o aparelho todo é uma peça única de metal revestida de vidro (e reforçada com Gorilla Glass 4). Design lindo – recebi o S6 Edge dourado, que é menos ostensivo/exuberante que os tons de dourado de um iPhone 6, por exemplo. Dependendo da luz, parece mais um prateado. Pelo modo de construção, acho difícil existir uma versão dual-SIM desse smartphone (para o público corporativo, que divide a linha entre pessoal/trabalho, vale ressaltar).

Mas o design de vidro/metal cobra um preço: marcas de dedos em todos os lugares se você não usar uma capinha.

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A tela Edge que escorre pelas bordas é a principal diferença aqui: as curvas dão uma sensação diferente no design geral do aparelho, mas por enquanto é só perfumaria o que dá para fazer com elas: você designa contatos e, se o telefone tiver de lado, vai piscar colorido se um desses contatos te ligar. Para acessá-los de forma rápida, basta “puxar” o menu no topo da tela. Ali você tem acesso rápido a esses contatos – email, telefone, SMS etc.

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Dá para ver também notificações ao esfregar a borda com a tela desligada e funciona como relógio à noite, somente com essa parte acesa. Tem que lembrar que essa tela curva é uma nova tecnologia com poucas implementações – mais usos e recursos dependem do desenvolvimento de novos apps para a função – afinal é o primeiro smartphone com os dois lados curvos (não me esqueci do Galaxy Note 4 Edge, com uma parte curva na tela apenas).

No geral – tanto de dia quanto à noite, vendo TV na sala de casa, não me senti incomodado pela curva do S6 Edge. Ela pode passar a impressão de ter mais brilho bem na parte angular, mas não é um problema. E achei charmosa pra caramba. Aqui, à noite em casa (Mia manda lembranças):

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2) Hardware & Desempenho & Interface

O processador do S6 é um Samsung Exynos octa-core e o aparelho já vem de fábrica com o sistema operacional Android 5.0 Lollipop. 3 GB de RAM, 64 GB internos – sem expansão (buuuu!). Mais detalhes de configurações nos posts do MWC 2015 aqui e aqui.

A Samsung reduziu, mas não eliminou, as frescuras da interface Touch Wiz. Tudo está mais simples, mas ainda não é uma experiência Android puro. Mas tem menos interferências e é bem veloz.

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Dá para trocar de temas com facilidade – tem até dos Vingadores e do Lego – e talvez a grande novidade aqui seja a troca do Dropbox como parceiro de armazenamento online pela Microsoft – e você ganha 100 GB adicionais de OneDrive.

E ao mexer no aparelho dá para entender a proposta simplicidade da nova TouchWiz: menos coisas instaladas (o padrão Samsung – Agenda, Navegador, S-Health, S-Voice estão lá de fábrica) e o que você quiser de extra está no app Galaxy Apps, com jogos, aplicativos e serviços adicionais gratuitos, como Kindle para Samsung (com 1 livro grátis por mês) ou novos filtros extra pro VSCOCam, assim como seis meses grátis de Google Music. Tem até alguns adicionais para uso com a parte Edge da tela – como eu disse, é algo novo que os apps precisam se apropriar.

No desempenho, o S6 Edge é rápido (bateu 22.218 pontos no 3D Mark Ice Storm Extreme / 4.980 pontos no PC Mark, números excelentes). Tem grandes taxas de atualização de frames por segundo para vídeo, o que é ótimo para jogos,e teve bons resultados de benchmarks. Mas se quiser estressar ele para valer, rode um vídeo em Full HD, como o Big Buck Bunny e depois um em 4K do mesmo vídeo: ele falha miseravelmente.

Problema: o S6 Edge esquenta bastante ao usar muito a câmera – você percebe isso no lado direito do aparelho.

3) Câmera

A câmera é o grande grande grande destaque do S6 Edge.

Com 16 megapixels de resolução, é muito rápida para ligar – menos de 1 segundo – e faz vídeos em resolução 4K (que não serve pra muita coisa agora a não ser que você tenha uma TV compatível que, segundo me informam, é legal mesmo se você não tiver TV 4K: os vídeos em 1080p ficam com mais detalhes!).

A Samsung  oferece vários modos de fotografia integrado, incluindo um novo modo profissional com ajustes de foco, luz e exposição, um modo de foco seletivo (como a câmera Lytro faz) onde você seleciona onde fica o foco da imagem e salva o resultado favorito, um modo bem simples de panorama e outras funções.

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Também tem a possibilidade de fazer download de novas funções para a câmera, como modos para foto de comida e criar GIFs de forma automática. No geral, é uma camera muito boa para um aparelho Android. Tem mais amostras de imagens aqui numa galeria do Google. Modo noturno? Sim, a lente de f/1.7 mais clara ajuda, mas tive a sensação de que o foco é mais lento em uma situação de luz ruim.

A câmera frontal tira selfies ao ser ativada com o sensor de batimentos cardíacos e tem 90 graus de ângulo de visualização. Tem selfie panorâmica, que te emagrece (não, não vou postar um exemplo).

4) Bateria

Com 2.600 miliamperes, dura pouco – em pouco menos de sete horas, cheguei a 11% de carga. Culpe a tela de alta resolução.

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O que salva a vida é o carregador rápido, incluso na caixa do produto, que dá uma carga muito rápida (mesmo!). Exemplo: com 11% de carga, conectei na tomada e, em meia hora, já tinha 53% de bateria disponível.

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Já que a indústria de tecnologia não resolve o problema da bateria, pelo menos resolveu a questão do tempo de recarga, e isso é ótimo (Moto X, Moto Maxx e o vindouro Asus Zenfone 2 têm recursos similares de recarga veloz, para ficar em alguns exemplos). O S6 Edge também funciona com carregamento sem fio, que é mais lento. Testei com um carregador antigo da Nokia padrão Chi e não tive problema.

5) Conclusão

Em resumo: o Samsung Galaxy S6 Edge é, para mim, o smartphone mais bonito e inovador do mercado na atualidade. Tem um design que foge do padrão-barra-de-sabonete do mercado, uma tela com tecnologia nova (que ainda precisa de mais recursos além de ser um rostinho bonito pro smartphone) e representa um novo modo de pensar produto na Samsung. Para completar, tira boas fotos – sejam elas uma simples selfie ou um panorama na montanha.

Seus pontos negativos são a duração da bateria, algo que nem sempre pode ser compensado com a carga rápida (leia-se: tomadas não podem estar disponíveis por perto) e o fato de esquentar bastante ao usar fotos (algo que imagino que um update de software possa ajudar a resolver). E é preciso lembrar que, por ser um produto topo de linha, exige investimento alto – seja para comprar um novo ou renegociar com sua operadora. Vale a compra? Sim, sabendo dos prós e contras do produto.

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Resumo: Samsung Galaxy S6 Edge

O que é isso? Smartphone Android topo de linha.
O que é legal? Tela curva linda e de alta resolução, design diferente, câmera boa.
O que é imoral? Duração da bateria, aparelho esquenta ao tirar fotos.
O que mais? Tem medidor de batimentos cardíacos e oxímetro (mede oxigenação do sangue) e vários recursos de acompanhamento de bem-estar/saúde.
Avaliação: 8,0 (de 10). Entenda nosso novo sistema de avaliação.
Preço sugerido: R$ 4.299 (versão com 64 GB de armazenamento).
Onde encontrar: Samsung

Escrito por
Henrique Martin
15 comentários
  • Infelizmente o preço desse aparelho é ridículo. Ótimo review a propósito!

    • Tbm achei uma absurdo mas… Sempre tem quem vai nas casa Bahia e faz um carne =

  • Maior burrice pagar quatro mil por uma coisa que em 6 meses muda tudo. Aliás, brasileiro adora pagar caro por estas bugigangas, não é mesmo ?

    • Você tem razão Paulo. Mas além das inovações tecnológicas, o design contribue para exaltar o fetichismo dos objetos, tornando as pessoas reféns de qualquer coisa que se lança no mercado mesmo que a diferenciação seja mínima.

      • Os celulares hoje já estão mais not que para telefone.
        Para quem pode pagar não é nem um rio de dinheiro.

  • S6 Edge:Pelo que eu já estava acompanhando esta dentro da expectativa tanto os recursos do aparelho e preço.
    É sempre melhor comprar na samsung(vivo)sempre consigo mais completo(acessórios).
    Aparelhos deste nível troca-se de 3 em 3 anos que é quando tem uma grande atualização dos aparelhos top.

  • O que mais me deixa desmotivado é a questão da bateria. No dia em que não segurar mais carga terei que descartar o aparelho.

  • “A câmera frontal tira selfies ao ser ativada com o sensor de batimentos cardíacos”

    Ahn? Como isso funciona?

    “Bateria: Com 2.600 miliamperes […]”

    Acho que no caso seria miliamperes-hora.

  • valeu a informação, e so esperar 1 pouco q fica + barato, + ja tenho planos pra ele.

  • Vou esperar o S6 Zoom.
    Preciso de flash de verdade.

    E excelente análise,a Samsung já liberou as specs de “tela lateral” para os desenvolvedores?

  • Eu reconheço que os Samsungs estão dia após dia se superando, mas nunca vi uma bateria durar poucos meses quanto a deles! É um excelente aparelho até começar a entrar em crash o Android e isso só acontece no aparelhos deles… E eu uso os mesmos apps nos dois, agora tenho um motoX e continuo usando o Tasker, PSafe, ItaúIB, ClimaTempo e todos esses apps que preciso por serem funcionais pra mim. E meu aparelho fica normal. No meu S4 era travamento toda hora!