Pocket review: Motorola RAZR D3
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Pocket review: Motorola RAZR D3

RESUMO

O Motorola RAZR D3 é uma versão mais simplifcada do RAZR i, porém com desempenho bastante parecido – e tem versão com dois SIM cards. Leia o review.

A Motorola anda quieta. Sem um grande aparelho recente, não tem muito com quem disputar o mercado dos topos de linha com tela grande e 4G (Xperia ZQ, Galaxy S4, Optimus G, Lumia 920), já que seu último grande lançamento foi o RAZR HD no final de 2012. No mercado intermediário, porém, a Motorola consegue oferecer produtos sólidos e confiáveis a cada nova geração.

Primeiro foi o RAZR i, com chip Intel, um aparelho com recursos avançados e preço ótimo (reza a lenda que, apesar dos caminhões de dinheiro investidos pela Intel em marketing, as vendas desse aparelho não decolaram por aqui).

Agora é a vez do RAZR D3, uma versão mais simplifcada do RAZR i, com tela um pouco menor e a incrível capacidade de lidar com dois SIM cards simultaneamente em uma das suas variantes (não foi o meu caso: passei uns dias com o D3 single-SIM).

As configurações do RAZR D3 (preço sugerido desbloqueado: R$ 799 com dois chips/ R$ 699 single-SIM) incluem uma tela de 4″  com proteção Corning Glass,  processador dual-core MediaTek de 1,2 GHz, 1 GB de RAM, 4 GB de armazenamento interno (expansível com cartões microSD), NFC, câmera de 8 megapixels com HDR e gravação de vídeo em HD.

Pense que, em um ano, o hardware dos aparelhos intermediários não mudou muito, só ganhou pequenos upgrades (veja o que vinha dentro de um Galaxy S II Lite). Mas o software, no caso do RAZR D3, faz a diferença: é Android 4.1 “Jelly Bean” com promessa de atualização para a próxima versão garantida pela Motorola. Método simples e fácil de cativar o consumidor, que se confunde  com isso (a maioria das vezes) ou fica cobrando updates que nunca chegam, e é algo que outros fabricantes poderiam oferecer em seus aparelhos mid-range.

E, usando o aparelho no dia-a-dia, dá pra confirmar uma coisa que já escrevi antes: o D3 usa uma versão praticamente pura do Android, com poucas intervenções e mudanças na interface do smartphone. Ponto, de novo, pra Motorola. É um aparelho leve, rápido e que, pelo preço, vale cada centavo – e 1 GB de RAM nessa categoria ainda é raro de encontrar (regra básica do ZTOP para comprar um Android: quanto mais RAM, melhor).

Lembra que falei da MediaTek (“MediaTek quer ser o motor dos Androids baratos“) outro dia? Dentro do RAZR D3 tem um processador dessa turma de Taiwan. Desempenho + preço = bingo.

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Mas temos que botar o pé no chão também e lembrar que este é um aparelho sub-R$ 999. Seu acabamento é em plástico (ops, policarbonato) com um belo padrão na parte traseira (junto com a câmera básica de 8 megapixels – amostras de imagens no nosso Facebook). É um corpo monobloco, sem partes removíveis e com bateria de 2.000 mAh (de boa duração, por sinal) que não pode ser trocada. A tela é resistente e protegida contra riscos e arranhões.

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E uma adição muito bem-vinda nesse tipo de aparelho é a tecnologia NFC (testei com uma caixa de som compatível e funcionou direitinho).

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Das modificações de software da Motorola, se mantém o widget de círculos (bastante útil), as Smart Actions (que ajustam o modo de uso do aparelho para economizar dados, bateria etc.) e o painel de configurações rápidas deslizando a tela para a esquerda.

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O acabamento em plástico tem alguns problemas, porém: todas os acessos a SIM card (apesar de mostrar dois slots, apenas o SIM 2 estava liberado – o outro tinha uma espécie de trava interna) e porta de expansão são protegidos por uma portinhola chata de abrir sem ajuda de uma tampa de caneta. Logo ali ao lado está o conector microUSB para recarga do aparelho e troca de dados com o computador.

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Um retrato ao lado do irmão RAZR i (com tela de 4,3″ e acabamento mais refinado). O design é praticamente o mesmo – e acredito que o D3 preto deva se passar sem problemas por um RAZR i.

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Sob testes:

O RAZR D3 (MediaTek dual-core de 1,2 GHz) é rápido e chega perto do RAZR i (Intel Atom 2 GHz single-core) nos resultados de desempenho:

  • Vellamo (novo):  1368 pontos (HTML 5) / (372 metal)
  • Vellamo (classic): 1.700 pontos
  • Quadrant Standard Edition (desempenho geral):  3240 pontos
  • Antutu Benchmark (desempenho geral): 7559 pontos
  • Nenamark 1 (vídeo):  56,1 quadros por segundo
  • Nenamark 2 (vídeo):   27,6 quadros por segundo

Em um dia de uso intenso (3G, GPS, e-mail, ligações, Twitter, Foursquare, Facebook, Internet, SMS, câmera), a bateria levou 11 horas para atingir o nível de 20%. Lembrando que o RAZR original atingiu 30% em apenas seis horas, é uma boa bateria. E é um telefone também, para quem ainda usa telefone para falar, com boa qualidade de som.

Resumo da história: o Motorola RAZR D3 é rápido, tem boa bateria, NFC é um bom extra sistema operacional praticamente limpo de interferências da fabricante e um preço atrativo. Vale lembrar que o D3 tem um irmão menor, o RAZR D1, também com versão dual-SIM, tela menor e sintonizador de TV digital.

RESUMO: MOTOROLA RAZR D3

ztop indica!

O que é isso? Smartphone com sistema operacional Android 4.1
O que é legal? Tela grande, bom desempenho, sistema com promessa de atualização.
O que é imoral? Fotos não são o grande atrativo; partes plásticas são ruins de mexer.
O que mais? NFC, boa bateria, bom desempenho em vídeo.
Avaliação: 8,0 (de 10). Entenda nosso novo sistema de avaliação.
Preço sugerido: R$ 799 com dois SIM cards/ R$ 699 com um SIM card
Onde encontrar: Motorola

Escrito por
Henrique Martin