Lenovo e CCE: o fim do casamento
Início » NOTÍCIAS » Lenovo e CCE: o fim do casamento

Lenovo e CCE: o fim do casamento

A Lenovo Brasil se livrou da marca CCE, mas isso não significa que ela vai deixar de existir.

A Lenovo Brasil confirmou hoje uma história de bastidor que este ZTOP vem ouvindo faz algum tempo: a marca CCE não faz mais parte do grupo chinês e voltou para as mãos dos antigos donos.

Para quem não se lembra, a CCE Info foi comprada pela Lenovo Group em 2012, realizando assim um longo desejo de adquirir uma fabricante local para expandir seus negócios no Brasil. Antes dela, a empresa também flertou com a Positivo e a Itautec.

Lenovo_CCE

Três fontes independentes de mercado já tinham comentado o fato de que a Lenovo vem se reunindo com representantes do varejo para informar que não irá mais fabricar nem distribuir produtos com a marca CCE, mas as vendas prosseguirão com os estoques remanescentes e a garantia dos seus produtos será honrada pela empresa, baseada no número de série de cada equipamento.

Em abril, a Lenovo já tinha encerrado a fabricação de TVs da marca CCE.

As fábricas de Manaus (adquiridas junto com a marca CCE por R$ 300 milhões em 2012) também já foram devolvidas para a família Sverner — controladora do grupo Digibrás — que vai manter a fabricação de produtos CCE. Daí entendemos que o mercado brasileiro irá conviver por algum tempo com produtos “CCE feito pela Lenovo” e “CCE feito pela Digibrás“.

A Lenovo ainda possui uma moderna fábrica e centro de distribuição na região de Itu, no interior de São Paulo, que produz equipamentos da linha ThinkPad e Lenovo séries Y e G, e que se mantém com a fabricante chinesa.

O comunicado oficial da Lenovo diz o seguinte:

A Lenovo informa que, como parte de seus esforços para aprimorar sua eficiência operacional e a rentabilidade do negócio de PCs globalmente e no Brasil, concordou em vender a marca e a fábrica da CCE para seus antigos proprietários, a família Sverner.

Em meados de agosto, as companhias firmaram um acordo comercial e essa mudança é parte do foco estratégico da Lenovo em produtos de maior valor agregado.

A Lenovo reforça o seu comprometimento com o mercado brasileiro e seus consumidores, mantendo suas operações na fábrica em Itu, no interior de São Paulo, assim como sua linha Premium de PCs, servidores (incluindo a linha System X recentemente adquirida) e os produtos mobile com a marca Motorola.

 

35 comentários
  • Depois que a Lenovo anunciou que deixaria todos os produtos mobile no Ocidente na mão da Motorola (com uma pitada de ZUK), não fazia mais sentido ter a Digibras pra produzir seus produtos.

    Além disso, na prática, os produtos da Lenovo ficaram apenas marginalmente mais acessíveis com a compra da Digibras; em tablets, por exemplo, a Lenovo está só um tantinho mais fácil de achar do que estava em 2012.

  • As perguntas que restam:

    – Houve troca de tecnologia? Ou seja, a CCE aproveitou a deixa para pegar tecnologias com a Lenovo, assim fazendo produtos diferentes?

    – Será que isso também significa uma nova investida da Positivo para pegar a marca?

    – A CCE volta a ter outros equipamentos à venda nas ruas? TVs, radios e etc?

    • Deixa me ver…

      – Primeira pergunta: É sabido que a Lenovo investiu uma grana para modernizar as fábricas da CCE em Manaus para que elas chegassem no mesmo padrão de qualidade global da empresa, e isso de um certo modo vai junto e de mão beijada com a fábrica para a Digibrás.

      – Segunda pergunta: A Positivo comprar a CCE? (HA! HA! HA! HO! HO! HO!) Pra que ela vai fazer isso se ela também está mudando o seu foco estratégico para produtos de maior valor agregado como os smartphones Quantum e notebooks Vaio (http://www.br.vaio.com)?

      – Terceira pergunta: Quem tomou a iniciativa de ir para o mercado para dizer que o casamento acabou foi a Lenovo. AFAIK a CCE está quietinha no canto dela.

        • compra a epoca negócios deste mês: tem um artigo enorme sobre a Quantum e como a Positivo, que valia bilhões no começo da década, se desvalorizou loucamente.

      • meio off: comprei um Quantum. o aparelho é muito bom. mas é incrivel como algumas paginas web travam o Chrome (oi Omelete).

        • Dá um toque lá no Ghedin, que ele também acabou de mandar a avaliação dele.

          Quanto ao Omelete travando página, notei isso desde quando eles fizeram o novo design do site, e trava também na web, ou fica muito falho.

          Costumo usar o navegador original do Android, não o Chrome. Mas também acesso pouco, então não posso falar muito.

          • vlw. já deixei uma impressão minha la tambem, hehehe
            por acaso voce tambem acessa o legiao dos herois?
            cara, podem reclamar do Chrome ser pesado, mas o maior culpado são os desenvolvedores web. abrir algumas abas desse website deixa o computador como uma carroça.

          • Depois desses comentários acho que encontramos o que poderia fazer a empresa melhorar: Um nome novo..rs

          • Sim, veja o exemplo do antigo grupo coreano “Lucky-Goldstar” que, depois de um bem sucedido processo de revitalização da marca, virou a simpática LG Electronics que conhecemos hoje.

            Eu já ouvi histórias que, nos primeiros anos da LG o argumento matador para ganhar qualquer debate entre escolher uma solução “boa” (e às vezes mais cara) e outra “meia-boca” (e às vezes mais em conta) era fazer a seguinte pergunta:

            “Você quer voltar a ser Goldstar?”

  • minha primeira tv foi CCE 20″ durou 4 anos depois sem problema ai queimou troquei a peça e dei pra um meu primo do interior e o q incrivel q parece fui la esse ano ela ainda ta funcionando..ela e do modelo 1997..

    • Os equipamentos CCEs antigos eram bem mais duráveis, tal como boa parte dos equipamentos até os anos 90. Desde 2000, não importa a marca, sempre há o risco do equipamento ter um defeito ou durar menos.

      • E isso sem falar que a CCE já chegou a representar e montar produtos da japonesa AIWA no Brasil.

        • Isso explica o porque de tempos atrás eu ver uma caixa Aiwa escrito “Fabricado pela Digibrás” =)

        • o som da aiwa era bom meu vizinho fazia uma barulho doido ..kkkk

      • pois é wagner lembro q la em casa dos meus pais tinha uma toshiba daquelas de madeira essa durou muito mesmo uns 25 anos só tinha 14 canais mais era boa passei minha infancia e adolescência..lembro toshiba nossos japoneses nao mais inteligentes q dos outros..kkkk

    • Bom, eu tenho uma Sony Trinitron de 20″ da década de 1980 e fora um botão de liga que quebrou, ela funciona bem até hoje, plugado no meu Intellivision 🙂

      Apesar de que precisamos lembrar que TV é que nem lâmpada elétrica, ou seja, como ela sempre fica no mesmo lugar, não tem partes móveis (no máximo um botão ou dial) e se ligou na tomada não queimou nos primeiros dias, pode durar anos…

  • Será que a Lenovo não irá mais investir no Brasil no ramo de smartphones como ela falava? Tem tanto smartphone bom dela na China que cairia bem aqui no Brasil…

    • Na minha opinião, a primeira vista não, porque a Motorola está indo bem com suas linhas Moto E, G, X, etc. de modo que lançar mais aparelhos com a marca Lenovo só serviria para aumentar a concorrência num mercado já bem saturado, o que poderia mais prejudicar do que ajudar as vendas da empresa.

      Porém, vale a pena considerar que a venda da CCE pode ter aberto um espaço na sua linha de produtos para alguns modelos de entrada da Lenovo.

    • Se a Lenovo seguir no Brasil o realinhamento mundial, de deixar todos os smartphones com a Motorola Mobility, só se eles lançarem a linha ZUK.

  • Esse preconceito com a CCE não procede, pessoal. Tive notebooks Dell e Acer que não foram nada bons, dando defeito ainda no prazo de garantia ou, infelizmente, 2 semanas depois (Dell). E um notebook CCE 2008 continua funcionando até hoje. Não vale comparar com produtos muitíssimos mais caros. Dependendo da configuração, não deixa a desejar em comparação com as demais marcas internacionais; pelo menos, com relação aos produtos que elas vendem no Brasil.

    • Tambem acho. Mesmo antes da aquisiçao da cce pela Lenovo ela ja havia melhorado a qualidade de seus produtos. Estao recebendo de volta uma fabrica bem mais estruturada. E uma marca antiga que faz parte..da vida dos brasileiros.

  • Quem se deu bem nessa historia foi os antigos donos da cce que recebeu de volta fabricas bem mais modernas sem pagar um tostao pela empresa.de.volta. A Lenovo foi muita fraca porque nao aproveitou a estrutura da cce para inflar de produtos como.smart tvs smartphones tablets no Brasil assim como fazem na China. Nao aguentaram a pressao das coreanas. So vao ficar mesmo com os motos da vida os pcs de grande porte e os notes tijolao que eles fabricam. A CCE certamente voltara a fabricar suas paraferna lhas e entupir as lojas com seus produtos. Ha de se considerar que mesmo antes da Lenovo os produtos CCE haviam melhorado muito. Se eles primar pelo controle de qualidade de seus produtos e oferece los a um bom preço no mercado certeza que serao bem sucedidos prova disso foram seus celulares tvs smartphones PC e notes que superaram em qualidade os da positivo.

  • Torço pelo sucesso da CCE aqui em casa tem um 3×1 com toca disco de 1986 que funciona muito bem até hj e o meu maior sonho é que eles voltem a fabricar de novo aparelhos de som com toca disco já que o vinil está voltando com força total.

  • TV CCE aqui em casa sempre foi problema..
    Temos uma Tv parada a mais de 5 anos aguardando solução da garantia. Foi acionada e até hoje … Ou seja, Morremos no prejuízo.
    A assistência veio na residência por 4x, trocou o tubo 3x, por fim, no ultimo reparo, ela queimou de vez. A assistencia disse que acionou a CCE pedindo a substituição da TV, então ficaram de fazer essa substituição do produto que até hoje não ocorreu. E esse trambolho esta aqui até hoje..

  • Tenho um notebook da CCE desde 2009
    e NUNCA apresentou nenhum defeito. Ele está rodando o Windows 10 tranquilo.