Hands-on: Asus Eee Pad Transformer Prime (Tegra 3!)
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Hands-on: Asus Eee Pad Transformer Prime (Tegra 3!)

RESUMO

Nada como ver o lançamento de um produto no exterior e, um dias depois, colocar as mãos nele, já aqui no Brasil, pela primeira vez. É o caso do novíssimo tablet Asus Eee Pad Transformer Prime, anunciado na quarta-feira (09) e que fui conhecer ontem à noite.

Momentos únicos e prazerosos do jornalismo de tecnologia: ver o lançamento de um produto no exterior e, apenas um dia depois, colocar as mãos nele, já aqui no Brasil, pela primeira vez. É o caso do novíssimo tablet Asus Eee Pad Transformer Prime, anunciado na quarta-feira (09) e que fui conhecer ontem à noite.

Antes de começar, alguns avisos e complementos do primeiro post sobre o Asus Transformer Prime:

1) O novo tablet deve começar a ser vendido no Brasil em algum momento do primeiro trimestre de 2012.

2) Não há previsão de preço ainda para o mercado local.

Nos Estados Unidos, o Prime tem preço sugerido para a versão com Wi-Fi de US$ 499 (32 GB de armazenamento) e US$ 599 (64 GB), e o teclado/base opcional será vendido pelo preço sugerido de US$ 149.

Note que o Prime não terá a versão de 16 GB inicial, como ocorre com seu irmão mais velho Asus Transformer TF101 – que continua a ser vendido (e a versão 3G do Transformer original vem aí, finalmente, para o mercado brasileiro).

3) A versão do Prime que vi é um modelo de engenharia, ainda cheio de bugs. Por conta disso, alguns recursos vistos (principalmente em software) podem mudar até o produto final. O Prime estava rodando Android 3.2 “Honeycomb”, mas a Asus espera começar a vender o tablet com Android 4.0 “Ice Cream Sandwich” (ou ao menos colocar nas lojas com 3.2 e atualizar o mais rápido possível para o 4.0).

4) o Prime não encaixa na base/teclado do Transformer original, e vice-versa. Cada um com seu teclado.

Três coisas chamam muita atenção no Transformer Prime: o som (alto, claro, nítido), o design ultrafino (8,3 mm de espessura, contra 8,8 mm do iPad 2) e a velocidade do aparelho, graças ao processador NVidia Tegra 3, com quatro núcleos.

O design do Prime é um misto de iPad 2 (na parte frontal, por conta da borda em preto) e do próprio Asus Ultrabook UX21/UX31, por causa do acabamento externo em aço escovado e que é um ímã de marcas de dedos.

O vídeo abaixo explica a questão do som e do Tegra 3 de uma tacada só, com o Prime rodando ShadowGun otimizado para a plataforma da NVidia:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=VMB9gPBu5_c]

Voltando ao design, veja a borda e os cantos arredondados. Sim, lembra um iPad 2 visto de frente, mas a estratégia tem um benefício grande: o Prime se diferencia de todos os outros tablets Androids por ter a mesma tela widescreen, só que o modo que ela foi posicionada dá a impressão de ter outra proporção. Parece estranho, mas é verdade.

E este é o Transformer Prime sem a base com teclado:

Visto por cima, fechado na base:

E aberto, reproduzindo um vídeo do YouTube. O teclado é praticamente o mesmo do Transformer original, mas a base é mais fina também. Sobre o som, o Prime usa tecnologia SonicMaster e tem um alto-falante no tablet e um subwoofer no dock/teclado. A qualidade é bastante boa (e barulhenta!)

Fechado, vemos a porta USB da base (sem demais expansões) e um espaço que parece ser uma entrada de cartões de memória: é um espaço para ventilação o subwoofer, presente nos dois lados do teclado/dock. No tablet está o conector de fone de ouvido/microfone e, logo mais abaixo, o alto-falante.

Na frente, apenas o botão de liga/desliga no tablet.

E, do outro lado, mais uma porta USB para o teclado/dock. No tablet, controle de volume, porta micro HDMI e slot para cartão microSD.

Momento “o meu é menor que o seu”, com o Prime ao lado do Motorola RAZR:

E do iPhone 4:

Detalhe da câmera de 8 megapixels com flash LED:

E o Prime em modo netbook com o teclado encaixado. Aqui dá para ver melhor a saída de ar na base:

Um Asus Transformer original estava dando sopa… Mesmo tamanho de tela (10,1″), mas uma boa diferença na altura entre os aparelhos – não existe mais a borda lateral do primeiro tablet.

Ambos com as telas viradas:

E de frente uma para a outra:

Ainda que Android 3.2, a Asus fez algumas adaptações de software. Primeiro, um novo fundo de tela animado (!). Saem os cubos de gelo, entra a baleia orca (!) – e se tocar na tela ela faz bolhas (!)

O botão de atalho para os apps abertos agora permite fechá-los da tela principal (veja o “X” no lado esquerdo dos aplicativos).

A barra de notificações foi alterada, com rolagem para a esquerda na terceira linha (a do mudo/modo avião etc.) e, o mais interessante, indica quanto de bateria resta no teclado/dock e no tablet.

Essa notificação de bateria também aparece como widget na tela principal (à direita, no canto inferior). O widget de tempo agora mostra a previsão para os próximos dias, e a Asus inseriu novas funcionalidades, como o MyAppBackup (para backup de aplicativos na nuvem, estilo iOS5) e o AppLocker (permite bloquear com senha o uso de determinados aplicativos). Demais apps da Asus, como o MyCloud, MyNet e o MyLibrary receberam pequenas mudanças na interface também.

[update 22h: removi um vídeo e uma foto daqui, a pedido da Asus, que mostrou o aparelho para a gente na maior boa vontade do mundo – era algo incompleto ainda e que não deveria aparecer por enquanto]

Ainda deve demorar um pouco para fazermos um review completo do Asus Eee Pad Transformer Prime. O esforço em criar um design novo pela Asus, somado às novas tecnologias no tablet (como o Tegra 3, até então solitário no mundo com esse modelo) pode fazer com que o pessoal de Taiwan dê sinais que os tablets Android têm mais fôlego para concorrer com o líder iPad.

De qualquer modo, dá para especular que o Transformer original não vá sair de linha tão cedo, e deve se tornar uma alternativa viável mais barata que o Prime – a própria Asus diz que o Prime é um aparelho premium e diferenciado (e é realmente algo distinto da concorrência Android também). Se baixar o preço, melhor para todos. Aguardemos, então, 2012 e a chegada do Android 4.0 para ver e entender o real interesse do Google nos tablets – ao menos, a Asus já mostrou que tem potencial para criar um bom (e belo) hardware.

Escrito por
Henrique Martin
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